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CRÍTICA | AS MARVELS

As Marvels: Entre Altos e Baixos na Jornada dos Super-Heróis.

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As Marvels” chegou aos cinemas e se apresenta como mais um capítulo no vasto universo dos super-heróis que tem dominado as telonas desde os anos 2000 com a grande repopularizarão deste subgênero. No entanto, classificar o filme como “ruim” é uma generalização que pode não capturar toda a complexidade da obra. Apesar de suas imperfeições, como efeitos visuais considerados fracos e um enredo simples e pouco envolvente, a avaliação de sua qualidade depende das expectativas em relação ao gênero e à obra, especificamente.

Sob o olhar da diretora Nia DaCosta, o filme tem um início confuso e desconexo, sugerindo que partes cruciais da introdução foram cortadas para acelerar a narrativa em direção às cenas de ação. Essa abordagem pode resultar numa experiência inicialmente perplexa para o espectador, que pode se sentir desorientado na trama o que obviamente é um erro e ninguém quer passar por isso, seja os próprios produtores até o publico final.

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O enredo segue a fórmula padrão dos filmes de super-herói da Marvel, apresentando uma antagonista da raça Kree, Dar-Benn, interpretada por Zawe Ashton. Sua motivação para destruir outros planetas após a perda do seu é conduzida pelo desejo de recuperar um bracelete cósmico capaz de abrir portais no espaço-tempo. Aqui, o filme parece adotar uma abordagem previsível e pouco inovadora, além disso, eles seguem querendo introduzir a raça Kree no universo, mesmo ele sendo inicialmente abordado durante a série Marvel’s Agents of SHIELD.

No entanto, o destaque positivo recai sobre a personagem Kamala Khan, a Ms. Marvel, vivida por Iman Vellani. Sua caracterização como uma adolescente de Jersey City é divertida, e sua inocência, deslumbramento adolescente e devoção são elementos que evitam a perda completa do interesse no filme. Por muitos momentos me lembrou como o Peter Parker deveria ser nos filmes, inicialmente inocente e animado com sua nova vida dentro de um mundo onde você é o herói. Vellani traz carisma à personagem, embora seja desafiador avaliar sua atuação de forma isolada.

Brie Larson, reprisando o papel de Carol Danvers, a Capitã Marvel, surpreende positivamente, especialmente considerando críticas anteriores ao primeiro filme da heroína. Larson consegue mostrar uma amplitude inesperada na evolução da personagem, contribuindo para a alteração da percepção anterior de que Carol Danvers era excessivamente arrogante.

Teyonah Parris interpreta Monica Rambeau, mas o roteiro parece não proporcionar espaço suficiente para que a personagem se destaque em relação às outras duas. O conflito na relação entre Monica e Carol é introduzido, mas sua resolução é superficial, deixando o espectador com pouco envolvimento emocional, o que claramente não é normal nas obras da Marvel, onde eles sempre buscam deixar o nosso emocional totalmente aflorado.

O filme, por vezes, parece perder sua direção, culminando numa sequência musical que alguns consideram desnecessária e deslocada. A falta de um clímax, suspense ou curva dramática significativa contribui para a sensação de uma narrativa sem propósito claro, além de servir como mais um produto para o mercado de streaming (posteriormente). O filme tem sim os pontos negativos que citei e venho citando, mas o que me parece de verdade é que ele foi feito para cumprir uma “tabela de lançamento” e não necessariamente seja algo indispensável para o universo em si.

Veredito

“As Marvels” talvez represente uma reflexão sobre a saturação da fórmula tradicional dos filmes de super-herói. Ao buscar uma trama mais rica e envolvente, o filme pode ter exagerado em alguns aspectos, perdendo-se em meio a um enredo que, por vezes, parece mais interessado em criar conteúdo para a indústria do que em oferecer uma experiência cinematográfica impactante. O desafio para o gênero pode ser encontrar um equilíbrio entre entretenimento e narrativas mais substanciais. De qualquer forma, para os fãs isso talvez nem conte muito e os farão se divertir no filme, até porque, preciso reforçar que é uma ocasião importante para aprofundar alguns personagens que provavelmente venham a ser indispensáveis num futuro próximo.

NOTA 2/5

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Jornalista e professor de comunicação. Eu falo muito de bonecos. Since 1986.

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