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Cinema

CRÍTICA | OPPENHEIMER

Confira agora a nossa crítica de Oppenheimer, forte candidato ao Oscar 2024.

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Oppenheimer“, dirigido pelo talentoso cineasta contemporâneo Christopher Nolan, retrata a emocionante jornada de J. Robert Oppenheimer, um dos cientistas mais notáveis do século XX. O filme mergulha nos desafios éticos, científicos e humanos enfrentados durante a criação da primeira bomba atômica. Com uma narrativa cativante e uma atuação brilhante do elenco, esta obra cinematográfica se destaca como um marco na história do cinema, assim como em outras obras do diretor, como Interestelar, a trilogia de Batman, A Origem entre outros.

A direção meticulosa de Nolan ressalta a complexidade do enredo e cativa o público do início ao fim. As cenas de laboratório são muito bem retratadas, transmitindo autenticidade e veracidade aos eventos históricos. Embora o filme possua muitos diálogos e seja praticamente todo construído em cima disso, ainda assim o roteiro consegue prender o espectador do inicio ao fim. A fotografia, por sua vez, cria uma atmosfera envolvente que retrata os contrastes entre a tensão da guerra e a busca apaixonada pela descoberta científica. Ainda falando sobre a fotografia, Nolan optou por explicar a história em dois pontos de vista diferentes, a do próprio Oppenheimer e a de Lewis Strauss, vivido por Robert Downey Jr.

O elenco é uma peça fundamental deste filme. Cillian Murphy que interpreta J. Robert Oppenheimer entrega uma performance espetacular, digna de um Oscar (e provavelmente será um dos indicados) capturando a complexidade do personagem e suas emoções conflitantes. Os atores coadjuvantes também merecem destaque, pois dão vida aos colegas de Oppenheimer, demonstrando suas aspirações, medos e ambições. Florence Pugh e Emily Blunt vivem os interesses românticos de Oppenheimer e conseguem transmitir suas emoções de forma incrível, assim como Downey Jr, que se entrega de forma magistral.

O roteiro é habilmente construído para abordar não apenas o aspecto científico do projeto Manhattan, mas também os dilemas éticos e morais enfrentados por Oppenheimer e sua equipe. Aliás, mesmo o filme se tratando de algo científico, vemos pouca ciência aqui, o filme é sobre a entrega de Oppenheimer ao seu maior projeto e como isso afetou sua vida pessoal e profissional. O filme destaca as inquietações do protagonista ao perceber as consequências de suas pesquisas. A narrativa desenvolve-se em um ritmo lento, mas como deve ser, equilibrando momentos de tensão com introspecção emocional, tornando-o uma experiência imersiva para o público.

A trilha sonora emocionante e envolvente desempenha um papel crucial em “Oppenheimer”, adicionando camadas de profundidade às cenas mais intensas. A música acompanha perfeitamente a evolução do protagonista e dos eventos históricos, intensificando a experiência emocional do público. Além disso, o design de som contribui para a autenticidade do filme, fazendo escolhas muito sabias durante todo o longa, como por exemplo a parte da detonação da bomba onde é mostrado duas perspectivas diferentes e o som foi usado para mostrar essa diferenciação.

Uma das maiores conquistas do filme é a meticulosa reconstrução da época. A equipe de produção conseguiu recriar a década de 1940 com perfeição, desde o figurino até os cenários, transportando o público para o contexto histórico. A atenção aos detalhes é notável, refletindo o esforço dos produtores em proporcionar uma experiência autêntica.

“Oppenheimer” não é apenas um filme sobre ciência, mas também uma reflexão profunda sobre as implicações éticas do progresso científico. O filme nos faz questionar o papel da ciência e da tecnologia na sociedade e nos lembra dos perigos da corrida armamentista. Ao mesmo tempo, celebra a genialidade e a curiosidade humana que levam à descoberta de novos conhecimentos.

Veredito

Devo me arriscar em dizer que “Oppenheimer” é uma obra-prima do cinema, unindo uma narrativa envolvente, uma direção habilidosa e atuações excepcionais. O filme convida o público a mergulhar na mente brilhante de um dos maiores cientistas da história e a refletir sobre os dilemas éticos da ciência. Com uma reconstrução meticulosa da época e uma trilha sonora emocionalmente arrebatadora, o longa é um forte candidato à diversas estatuetas da próxima edição do Oscar.

NOTA 5/5

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Jornalista e professor de comunicação. Eu falo muito de bonecos. Since 1986.

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