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Comic Books e Literatura

Especial Alan Moore – Barbudo Místico

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Para a tristeza dos fãs dos bons gibis, Alan Moore (o criador de Watchmen, V de Vingança, Liga Extraordinária) anunciou essa semana que logo irá se aposentar dos quadrinhos. Moore – que ainda tem alguns projetos em sua manga – explicou que tem algo como umas 250 páginas ainda em seu sangue, mas que vai preferir focar em outro projetos e áreas, inclusive o cinema.

Para começarmos a curtir essa saudade, esse artigo vai reunir algumas obras menos óbvias do barbudo místico, que talvez o grande público não conheça tão bem quanto os Watchmen da vida. Afinal, o conjunto das páginas de Moore revela vários mundos, universos, dimensões. Cuidado para não baterem a porta, porque pode ser que não encontrem o caminho de volta…


Promethea

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Sophie Bangs, nas mãos de um escritor menos habilidoso, seria apenas mais uma jovem heroína em busca de seu vilão do mês. Mas com Alan Moore e J.H. Williams III pilotando, a vida de Sophie se desenvolve em uma série de 32 edições que forçou a barreira da meta-linguagem e da iconografia dos super-heróis. A trama gira em torno de como personagens e mitos existem independente das pessoas e como esses mitos são constantemente adaptados e adequados a novos contextos. A “persona” Promethea, o mito  de uma pseudo-amazona Promethea, escolhe Sophie como seu novo receptáculo. E o que começa como a típica jornada do herói evolui para algo muito maior do que isso.

Monstro do Pântano

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Alec Holland não é um criação de Moore – esse crédito cabe a Len Wein e Bernie Wrightson – mas foi ele que fez florescer uma das reviravoltas mais criativas do personagem. Por muitos anos, sempre se assumiu que o Monstro do Pântano era o humano Alec Holland, poupado da morte graças à mistura de compostos químicos e o lodo do pântano que cercava seu laboratório após uma tentativa fracassada de assassinato. Mas e se Alec realmente tivesse morrido? E a criatura conhecida como Monstro do Pântano fosse uma sombra, um construto vegetal com as memórias, mas não a alma, de Alec Holland? O “ghost in the machine” transformado em “ghost in the plant”, desesperadamente querendo ser humano. A trama expandiu o universo do personagem e como os poderes e influência da criatura poderiam ir longe.

Top 10

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Outra criação da linha ABC (America Best Comics, tal qual Promethea), essa série é um dos melhores quadrinhos de “ensemble” das últimas décadas. Em uma metrópole onde todos (todos!) têm super poderes, como seria a delegacia de polícia que cuida da zona inteira? Top 10 tratava justamente disso, trazendo personagens e poderes tão diversos (uma cachorro robótico e uma moça cujo poder é a sinestesia são exemplos) e tramas ainda mais estranhas. Em uma delas, a delegacia tenta descobrir quem está matando os deuses nórdicos. Mas quando esses deuses vivem em um ciclo eterno de vida e Ragnarok, a morte realmente existe?

Mogo Não Socializa

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Acham que foi Geoff Johns que criou Mogo, o maior (maior mesmo) dos Lanternas Verde? Errou, foi Moore! Em uma história curta, na época que o barbudo estava de bem com a DC, encontramos um grande caçador intergalático em busca de uma criatura que nunca foi capturada, o místico Mogo. Narrada por um Lanterna Verde experiente para uma novata, acabamos descobrindo porque, apesar de sua natureza heróica, Mogo jamais socializa…

Neonomicon

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Nos recantos mais escuros da mente de Alan Moore existe um respeito e quase veneração ao universo de Lovecraft e dos mitos de Cthulhu, uma das mitologias mais aterrorizantes e perturbadoras já feitas. Existem várias obras de Moore nesse contexto, mas uma bem marcantes é o Neonomicon. O que começa como a investigação de dois agentes do FBI sobre um assassino serial evolui para algo terrível…e sobre como as obras de Lovecraft podem não ser ficção, mas sim premonição. Seguramente para os maiores de 18 anos e, mesmo assim, com estômago forte.

O Que Houve com o Homem do Amanhã?

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Para fecharmos em um tom mais leve: Moore louvando toda a história do Superman da Era de Prata, em uma rara oportunidade de terminar a saga de um herói desse calibre. Publicada em duas edições em 1986, essa história precedeu o reboot trazido por “Crise nas Infinitas Terras” e permitiu a DC e a Moore dizer como seria o fim do Superman. É curioso analisar como o autor – tão conhecido por sua deconstrução de super-heróis e muitas vezes tramas violentas – escreve uma carta de amor ao azulão. Será que tudo precisar terminar mal aos grandes heróis? Ou será que existe uma caminhada rumo ao sol nascente?


É claro que existe muito mais para ler de Alan Moore. mas comece por aqui e descubra qual linha narrativa dele você prefere. A versatilidade de Moore sempre foi um de seus trunfos e vale a pena explorar seu universo o quanto antes!

Quadrinhos, séries e filmes são meu principal hobby e necessidade básica do dia-a-dia! Jogador velhaco de videogame, especialmente Nintendo (por mais que isso seja difícil às vezes!). Provavelmente o maior fã de Marvel que você conhece!

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