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MELHOR QUE MARIO WORLD: Super Mario Bros. Wonder

Super Mario Bros. Wonder é tipo um Super Mario World melhor, mais criativo e super bonito, principalmente se você joga o game na tela de um Nintendo Switch OLED.

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Super Mario Bros. Wonder foi oficialmente lançado no dia 20 de outubro de 2023, exclusivamente para o videogame Nintendo Switch, com a missão de reinventar os jogos 2D da franquia Mario. E que jogo lindo! O game chega ao Brasil com legendas e (precisamos fazer uma pausa dramática pra isso…) DUBLAGEM EM PORTUGUÊS! Isso mesmo. Pela primeira vez, um jogo de passar fases do Super Mario tem vozes em português. Mas, infelizmente (ou felizmente), o Mario não foi dublado e ele ainda fala usando aquele sotaque italiano típico.

O Mario vira elefante! Elefante!

Se você é um nerd do tempo das Locadoras de Videogame, provavelmente já jogou o mais famoso Mario 2D de todos os tempos: Super Mario World, do Super Nintendo. Agora, se você não entende muito de jogos e parou aqui por acidente, imagina que um game do tipo Mario 2D é aquele onde o bonequinho apenas corre da esquerda para a direita, pulando e sobrevivendo aos inimigos.

Super Mario Bros. Wonder é tipo um Super Mario World melhor, mais criativo e super bonito, principalmente se você joga o game na tela de um Nintendo Switch OLED. E isso já pode ser constatado nas avaliações da crítica especializada no Metacritic (o maior site agregador de notas de jogos). Wonder está, até o lançamento desse texto, em sexto lugar na lista dos mais bem avaliados jogos da franquia Super Mario, com nota 93. Na categoria Mario 2D, o novo game só perde para o arrasa-quarteirão dos anos 80, Super Mario Bros. 3, em versão para Game Boy Advance. Confira a lista:

1º Super Mario Galaxy 1 – 97

2º Super Mario Odyssey – 97

3º Super Mario Galaxy 2 – 97

4º Super Mario Advance 4: Super Mario Bros. 3 – 94

5º Super Mario 3d World – 93

Super Mario Bros. Wonder – 93

7º Super Mario Advance 2: Super Mario World – 92

Você pode ver a lista atualizada dos Melhores Jogos de Super Mario, segundo a crítica, na lista que postei aqui.

Com esses dados em mãos, fica mais fácil argumentar o porquê de Wonder ser um jogo extremamente bem feitinho e divertido. É um game praticamente perfeito, satisfatório e relaxante. O nível de dificuldade é desafiador, com uma pitada controlada, porém saudável, de elementos que te frustram. E a maioria das pessoas que avaliaram o jogo estão enchendo ele de elogios, por isso, resolvi focar essa análise em coisas não tão óbvias como “o jogo tem o padrão de qualidade da Nintendo”.

A primeira coisa que você, jogador familiarizado com os jogos da Nintendo, vai perceber ao jogar Super Mario Bros. Wonder é que ele é… Estranho. No começo, ele é super estranho e… Você se sente fora do controle. Fora da sua zona de conforto. Parece que as fases não são só resumidas em ir pra frente e sobreviver. Você vai jogando e sente que está deixando algo pra trás e que tem muita coisa brilhando na tela. Porém, a experiência da primeira meia hora é tão vibrante, e diferente que você fica entretido com cada uma das mil novidades que aparecem na tela do portátil. Sinceramente, ao ver tanta variação de gameplay e level desing, nas primeiras fases, comecei a ficar preocupado, achando que o jogo logo ficaria repetitivo e que ele não conseguiria me prender por muito tempo. Eu estava errado. Wonder, pra mim, se tornou o jogo mais criativo do Mario, desde Super Mario Galaxy 2, de 2010.

Eu desafio você a vencer essa fase, e se negar a avançar o jogo sem isso antes! Ela realmente parece impossível, no começo.

A jogatina pode parecer mais bonita do que desafiadora, de início, porque a experiência é repleta de brilho, músicas malucas e florezinhas espalhadas por todo canto que falam com você e português brasileiro. Mas, não se engane… Pense num jogo difícil! Notamos isso quando chegamos nas primeiras fases de escalada (sim, estou falando da monstruosa Salto Escala-parede 2). Os criadores do game inventaram de colocar Mario, Peach, Luigi, e os outros personagens jogáveis, pra subirem em plataformas pequenas e escorregáveis, com o único objetivo de não cair e começar tudo de novo. É extremamente difícil, pra um jogador mediano, vencer esse tipo de fase e, ao mesmo tempo, satisfatório tentar mais de trinta vezes. E as fases da água? Elas são tão satisfatórias quanto. Lembram um pouco as fases aquáticas do jogos de Zelda dos consoles portáteis, ou dos jogos da série Donkey Kong Country.

Quando finalmente consegui chegar aqui, que a florzinha disse “Calma, respira!”, foi muito massa!

Os sons do jogo são uma atenção a parte. Os efeitos sonoros, repetidamente satisfatórios (talvez “satisfatório” seja a melhor palavra pra definir o game), são de uma qualidade nunca antes reproduzida na série Mario 2D. Desde o barulho do Mario entrando no cano, ou de um baú prestes a ser aberto, tudo parece muito novo pra um jogo da franquia.

As flores falantes espalhadas pelas fases sempre tem algo a dizer, muito bem dubladinhas e português brasileiro, toda vez que o jogador passa por elas. Na maioria das vezes as frases ditas por elas podem soar como bordões desnecessários de motivação, mas, em determinados momentos, você nota como elas foram muito bem projetadas pra divertir ou proporcionar ao jogador uma sensação de que ele não está sozinho. É quase como se a gente jogasse Super Mario Bros. Wonder em live no Youtube, zerando o jogo, e as flores fossem os expectadores que comentam todas as vezes que você faz alguma coisa. Lembro de rir muito quando uma plantinha disse “Eu tô chocado” instantes depois de eu completar uma fase muito fácil, ou de me sentir mais calmo quando, numa fase extremamente difícil, eu consegui finalmente avançar até a metade dela e ouvi uma outra plantinha dizendo “Calma, calma! Respira!”.

Talvez um dos pontos fracos de Wonder seja o mesmo dos últimos jogos da série Super Mario: A música. Não que a música seja ruim, porque ela não é. É só que… Nos últimos anos a Nintendo tem, meio que, mantido o hábito de lançar jogos fantásticos do Mario onde apenas uma música e meia são extremamente boas, e as demais, medianas. Mario Odyssey, Mario 3d Land, Mario 2D World, New Super Mario Bros. U são exemplos de jogos fantásticos que, basicamente, só a música tema é 10/10. E não é diferente com Wonder, com exceção da música tema Overworld (que, em todas as suas variações, é perfeita de linda), as demais não são tão memoráveis. Com destaque também para a música tema do mundo da praia, Petal Isles, que tem uma vibe meio Zelda e é, na minha humilde opinião, a segunda melhor música do game. Esse tipo de coisa não acontecia nos anos 2000, na época dos perfeitos Mario Galaxy 1 e 2, nem nos anos 90, quando cada música de Super Mario 64 e Super Mario World era espetacular.  

Algumas fases de level 5 estrelas são até fáceis, mas essa daqui… Só digo uma coisa: Não digo nada!

E, pra finalizar essa análise, queria comentar sobre as novas vozes do Mario e Luigi. Por anos, o cara responsável por fazer a voz do Super Mario era o lendário Charles Martinet (desde 1996, com Super Mario 64), mas, como ele se aposentou, pela primeira vez o mascote da Nintendo adquiriu um novo interprete pra um game. E o escolhido Kevin Afghani, que, dentre outros trabalhos, já emprestou sua voz para jogos como Genshin Impact (ele faz a voz do Arnold). Sinceramente, a voz do Mario me pareceu idêntica, e isso foi muito bom. Porém, não curti muito o timbre de voz que ele usou no Luigi, porque, ora ele parece o Luigi, ora parece outro personagem.

Por fim, Super Mario Bros. Wonder é um título que merece todo o apreço dos fãs nintendistas e dos antigos frequentadores de Locadoras de Videogame. Vale muito a pena convidar aqueles amigos de infância que não gostam mais de jogar videogames e mostra-los como ainda pode ser mágico jogar um jogo simples, desafiador e autoexplicativo, como nos velhos tempos.

Um cara que na escola escrevia Ceará com “S”, e só tirava notas baixas em redação, Thiago é graduado em engenharia, pedagogia e cursa jornalismo (só pra ver o que acontece). Ama jogar videogame e escrever comédias românticas. É, também, dono do canal de Youtube “E Se Fosse no Brasil?”.

18 Comments

18 Comments

  1. Moon

    20 de outubro de 2023 at 23:19

    Fiquei com vontade de jogar depois de ler isso….

  2. Lauro

    21 de outubro de 2023 at 06:36

    O conceito e bom a jogabilidade parece ser tipo Nintendo 64 Mario 3d e quais plataformas ?

  3. Andrinne Medeiros

    21 de outubro de 2023 at 09:15

    Se tivesse o console com certeza jogaria , que Ana clássicos , sabe do que estou falando , e pela matéria isso deixa claro .

  4. Anônimo

    22 de outubro de 2023 at 19:43

    Mario, não é atualmente meu estilo de jogo favorito, mas ao ver uma resenha tão bem feita falando desse jogo. eu fiquei extremamente cativado a ir atrás da experiência que esse jogo propõe

  5. Ayybinvof

    18 de abril de 2024 at 19:24

  6. Cnnyadvob

    19 de abril de 2024 at 04:07

  7. ZoljJoync

    20 de abril de 2024 at 05:29

  8. Cndyadvob

    21 de abril de 2024 at 08:15

  9. Ammhinvof

    21 de abril de 2024 at 22:23

  10. ZoljJoync

    22 de abril de 2024 at 08:41

  11. Cndyadvob

    27 de abril de 2024 at 05:59

  12. Bcedsaumb

    29 de abril de 2024 at 12:20

  13. ZccrJoync

    29 de abril de 2024 at 21:46

  14. Axerinvof

    30 de abril de 2024 at 15:21

  15. Ccxyadvob

    30 de abril de 2024 at 23:20

  16. Bcedsaumb

    4 de maio de 2024 at 12:09

  17. ZccrJoync

    4 de maio de 2024 at 22:44

  18. Axerinvof

    5 de maio de 2024 at 17:21

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