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Morte de X: A Resenha da Saga que Matou Todo Mundo

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Na última quarta-feira, a Marvel publicou a última edição de sua mini-série em 4 edições “Death of X” (Morte de X), tendo como grupos principais os X-Men e os Inumanos. A trama se passa no pulo de 8 meses entre o final de Guerra Secreta e a atual linha de publicação da editora e narra como os mutantes tiveram seu primeiro contato com a névoa de terrigênse, liberada por Raio Negro no conflito com Thanos.

A obra de Jeff Lemire, Charles Soule e Aaron Kuder teve seu altos e baixo, mas é inegável as consequências para o universo mutante.

Antes de avançarmos mais, SPOILERS sobre edições ainda não publicadas no Brasil.


Enquanto “quadrinhos de qualidade”, Death of X sofre dos mesmos males de publicações modernas, principalmente da necessidade de alongar a trama para caber em uma mini e da obsessão por surpresas e mortes para aumentar a “relevância” da história. Mas, apesar disso, temos alguns momentos interessantes – e algumas consequência que de fato podem gerar boas reviravoltas mais para a frente.

Primeiro, vamos tirar os grandes temas já divulgados pela imprensa. Sim, a névoa de terrígeno (que ativa os poderes dos Inumanos) é fatal para os mutantes; dessa forma, o que fortalece uma raça, destrói a outra. Sim, o Homem-Múltiplo morre logo na primeira edição, quando as névoas atingem a Ilha Muir (vários cadáveres múltiplos em um painel bem horripilante). E sim, Ciclope chuta o pau da barraca, declarando guerra aos Inumanos para todo o mundo ouvir… ou será que não?

Ainda que Death of X seja bem entendiante na necessidade de mostrar vários combates entre os lados, entre personagens que não necessariamente se odeiam e que às vezes se comportam fora de seu normal, esse aspecto, o foco em Ciclope e Rainha Branca, vale o preço do ingresso. Grande SPOILER agora. Na edição 4, descobrimos que Ciclope, na verdade, morreu logo na edição 1, sofrendo da mesma exposição residual que tomou a vida do Homem Múltiplo. Todas as ações “dele” dali para frente foram na verdade manipulações telepáticas da Rainha Branca, fazendo todos verem um Ciclope ativo, carismático, liderando a população mutante.

O que levou muitos leitores à fúria, exclamando haver uma descaracterização de Scott Summers, na verdade foi a grande sacada da mini-série. Há um determinado momento que esse crítico caiu como um “pato”. Emma exige que suas pupilas usem seus dons telepáticos, em uma situação em que Emma seria muito mais eficaz agindo diretamente. “Mas que furo de roteiro, Marvel”, pensei. Tive meu tapete puxado páginas depois, quando fica claro que Emma já estava usando os limites de seus dons para manter a farsa de um Ciclope vivo acesa.

Na parte dos desenhos, as quatro edições fazem um trabalho decente, mas nada memorável. Não foram incomuns os painéis onde se vê uma exagero na expressão de personagens chave (veja na galeria o rosto da Rainha Branca). Mas não faz feio: é louvável a capacidade de Aaron Kuder de administrar trocentos personagens em vários quadrinhos.

Daqui para frente, a saga continua em “IvX” (Inumanos Versus X-Men), quando os grupos voltam a se combater (tédio novamente). Torço para que dessa vez as consequência se desdobrem mais rapidamente e que não vejamos os mesmos temas sendo reciclados. Se servir para a Rainha Branca voltar a ser uma vilã, ou ao menos uma anti-heroína encapetada, valeu para mim. Sem falar na linha “RessurXion” (RessurXão) que vem depois da saga…

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Quadrinhos, séries e filmes são meu principal hobby e necessidade básica do dia-a-dia! Jogador velhaco de videogame, especialmente Nintendo (por mais que isso seja difícil às vezes!). Provavelmente o maior fã de Marvel que você conhece!

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