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REVIEW | Alex Kidd in Miracle World DX

Você é Cringe? Leia essa Review e descubra de uma vez por todas!

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A pergunta do mês de Junho na internet foi: Você é “cringe”? Eu sou “cringe” o que é “cringe”? Definitivamente, temos a resposta: E se você jogou Alex Kidd in Miracle World lançado em 1 de novembro de 1986 e que vinha na memória interna de um console “cringe real” tenho uma notícia para te dar, VOCÊ É “CRINGE”! Brincadeiras à parte, hoje, quase 35 anos após o lançamento da versão original, chega as nossas mãos essa releitura de clássico que marcou gerações após o seu lançamento: Alex Kidd Miracle World DX!

O mundo de Alex Kidd fez muito sucesso após o seu lançamento, seja por ser bem atrativo aos fãs da época ou pelo simples fato de que ao comprar um Master System ele vinha em sua memória, facilitando demais a visibilidade e acesso ao jogo para um mundo totalmente sem internet.

Embora seja ótimo ver Alex Kidd trazido de volta para um público moderno como um jogo tão fiel ao original, particularmente jogando o remake nos dias de hoje eu quase senti reais vontade de chorar, mas não de tristeza, nostalgia ou algo parecido, foi de raiva mesmo! O jogo é bem mais díficil do que eu imaginava para a época, será que a “geração nutella” que nos tornamos fez o jogo ficar mais difícil ou foi a forma de como ele foi reconstruído totalmente ‘por cima’ do original o tornou por algum motivo mais difícil?

Uma das coisas que mais chama atenção em Alex Kidd in Miracle World DX é justamente o fato do jogo ser totalmente feito a partir do original de 86 e o mais legal de tudo, você pode comparar o visual moderno ao original, com o pressionar de um botão. Pressionar R2 (ou RT no controle do Xbox) instantaneamente re-molda cada elemento, exatamente no lugar, para a estética original do game original. Isso inclui cada sprite, pano de fundo e até mesmo os efeitos sonoros. É um toque muito bom para fãs de longa data, mas por outro lado, fãs recentes não sentirão muita atração para jogar no clima retrô tendo um remake tão bonito nas mãos.

O trabalho dos sprites são muito bem feito. Todos os personagens e inimigos agora têm uma aparência de desenho animado muito mais distinta. Da mesma forma, os cenários e o mapa-múndi receberam muito mais detalhes. Como resultado, há uma percepção muito maior dos personagens e do mundo em que o jogo se passa, e um nível de imersão que realmente não era possível no original justamente pelas limitações de hardware da época, ou até mesmo pela menor experiência dos desenvolvedores na época.

Ainda falando sobre a experiência visual de 2021, vários efeitos foram incluídos que fizeram realmente o jogo dar um UP no sentido visual. Bolhas de fala aparecem sempre que você acerta um ataque, junto com a função de ruído para fornecer um feedback realmente satisfatório para os seus esforços de avanço e combate. As batalhas contra chefes jokempô (pedra, papel, tesoura) também receberam uma reforma muito necessária com uma nova tela de animação que aparece antes de você lançar o punho.

Uma adição interessante que o time de desenvolvimento trouxe nessa nova versão do herói foi o enredo mais bem explicado do que está acontecendo. Eu confesso que nas minhas jogatinas de criança eu não ligava muito para esse tipo de coisa, e acredito eu que muitas outras crianças não ligavam, mas ver esse lado em um jogo que achávamos que conhecíamos por completo foi interessante.

No enredo, Alex Kidd é um artista marcial que descobre que é o príncipe perdido do reino que foi usurpado pelo malvado Janken, o Grande. A inclusão de mais diálogo no jogo realmente contribui para a construção do mundo e consequentemente melhora a continuidade da experiência geral.

Sabe essa história de que eles tentaram ser os mais fiéis ao original? Então, foi muito bom na maioria das partes mas em uma delas isso pode ter atrapalhado um pouco o desempenho do jogador. Alguns erros para a época também foram cometidos aqui e dessa vez podem ser mais perceptíveis levando em consideração que o equipamento que utilizamos hoje tem sensibilidades maiores comparados aos da época e isso dificultou demais a nossa experiência por aqui.

Uma mudança que teria sido muito bem-vinda seria abordar esse problema com o movimento do sprite do jogador que sempre foi um pouco escorregadio, sempre deslizando um pouco mais longe do que você esperava. Isso inevitavelmente torna um jogo já muito difícil muito mais punitivo. Eles deram algumas colheres de chá como as “vidas infinitas” que torna o jogo menos punitivo, mas na minha opinião, seria bem melhor corrigir esses erros do que varre-los para de baixo do tapete.

Tá, mas precisamos também ser justos e falar sobre os acertos do jogo, e teve muitos! O que faltava em Alex Kidd em sua mecânica central as quais citamos acima, ele compensava com algumas variações de jogabilidade inovadoras. Em certos níveis, você pode dirigir veículos, incluindo um helicóptero e uma motocicleta. Além disso, você pode comprar ou encontrar itens especiais no jogo. O anel de fogo é sempre um item útil, mas há outros mais bizarros que raramente são práticos.

Os pequenos desvios na jogabilidade causados ​​pelos vários itens e veículos foi o que fez Alex Kidd em Miracle World se destacar como um empolgante jogo de plataformas anos atrás. 

No game você tem várias fases nas quais teoricamente deveriam ser sempre um avanço de dificuldade comparada a anterior, mas não é bem assim. Por exemplo, o primeiro nível é bastante árduo para você conseguir passar 100%, em seguida, o próximo é literalmente um passeio de veículo agradável. Os picos de dificuldade estão espalhados por todo o lugar mas me parecem que em alguns momento estejam nos lugares errados. Isso nem foi uma reclamação, meus dedos, meu controle e minha saúde mental agradece não ter fase difícil uma atrás da outra. Hahaha!

Conclusão

Alex Kidd in Miracle World DX é um misto de sentimentos e consegue aflorá-los um por durante todo o percurso. É incrível para quem jogou o original e quer se aprofundar na história, mas pode ser terrível para quem não tem nenhum vínculo com o personagem pois pode vir a ser uma espécie de simulador de paciência na vida real. Felizmente todos os problemas que encontrei no jogo, provavelmente sejam corrigidas pelos desenvolvedores caso eles leiam as sugestões do público e eu acredito que essas melhorias possam a vir atrair ainda mais pessoas a jogar, como o meu sobrinho de 12 anos ou um de seus colegas jogadores de Free Fire.

Diretor de conteúdo do Site AcessoGEEK e Redator no Terra (Geek), especializado em games, cinema, séries e tecnologia, admirador da astronomia e suas teorias místicas de viagens no tempo e espaço, aliens e planetas habitáveis. Sonho em conhecer a NASA.

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