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REVIEW | DEATHLOOP

Deathloop é inovador e desafiador.

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Fundada em 1999 a desenvolvedora Arkane Studios conseguiu um grande destaque no mundo dos games somente em 2012 com o lançamento do incrível e consagrado Dishonored, já sendo publicado e distribuído pela força da Bethesda que a essa altura do campeonato, já tinha grandes jogos “em casa”. Com a chegada do Dishonored, a Arkane se mostrou uma desenvolvedora fora da caixinha, trazendo uma nova visão em meio a tantos jogos que seguiam um mesmo padrão e dessa vez, quase 10 anos depois ela consegue novamente trazer essa mesma impressão com Deathloop.

Essa tal inovação que já é meio que uma marca da Arkane Studios pode ser vista na narrativa de Deathloop, que a propósito é louvável. A história se passa em Blackreef, uma ilha presa em um ciclo perpétuo onde o personagem, Colt, está tentando quebrar. Ele acaba de acordar com amnésia nesta tal ilha e para conseguir sair deste loop (que dura 24 horas até reiniciar) ele precisa eliminar oito pessoas ligadas aos mistérios do local, essas que são apelidadas de Visionários.

Todo o progresso e equipamentos desaparecem quando o loop é reiniciado, ou seja, quando se passam as 24 horas ou quando você morre três vezes, mas há uma forma onde você pode infundir itens para evitar que Colt os perca entre os ciclos. No caso de você derrotar os visionários, eles concederão Placas, poderes sobrenaturais que te ajudarão na sua jornada que variam entre dash, invisibilidade, entre outros. Já atributos básicos como força, vida, rapidez, você consegue aprimorar mediante a espólios inimigos. O sistema do jogo é muito bem construído para ‘brincar’ com a inteligência do jogador e essa é a melhor forma que tenho para explicar que: Quanto melhor você pensar antes de uma ação, melhor e mais rápida será a sua caminhada até o fim do jogo.

Como já citei, o objetivo principal de Colt é matar todos os oito Visionários no mesmo ciclo (ou dia). Antes que isso seja possível, você deverá repetir algumas vezes o loop para coletar notas, senhas e locais de encontro secretos para encontrar alvos suficientes para matá-los todos de uma vez. Por isso, eu digo que é impossível alguém conseguir finalizar o jogo somente em um loop.

E apesar de parecer bem punitivo, morrer em Deathloop nem é tão ruim assim, até porque na sequencia você saberá exatamente o que fazer e isso encurtará muito o seu caminho até o fim. O que realmente é punitivo é quando você morre às vésperas de enfrentar o 7º ou 8º Visionário. Isso sim pode ser frustrante, mas totalmente relevante já que estamos falando de um gameplay tão fluido e divertido, então reviver nossos confrontos várias vezes pode nem ser tão chato assim, né?

Deathloop conta com um sistema que te obriga a variar a abordagem do seu avanço no game, e isso é bom e ajuda você a fugir de um comportamento linear, e uma palavra que podemos excluir completamente por aqui é a palavra “linear”, levando em consideração que somente o início do jogo tenha traços lineares. No game você poderá escolher diferentes ordens de exploração, assim como poderá experimentar novas variedades de armas e builds que quiser.

Jogos de franquias diferentes mas do mesmo estúdio costumam ter algumas heranças e semelhanças e em Deathloop, sem dúvida, são as placas uma das quais dá a Colt as duas vidas extras, fornecem variedade na jogabilidade, mas são assustadoramente semelhantes aos poderes em Dishonored e Dishonored 2.

Durante o jogo também temos uma ‘companhia’ nem tão agradável. Trata-se da Julianna, a voz que você sempre ouvirá pelo rádio durante sua aventura em Blackreef. E de cara ela consegue deixar tudo mais confuso para você, pois ela é uma das Visionárias que te prendem ao jogo, ao mesmo tempo parece estar te ajudando a escapar enquanto os outros 7 vão para cima de você ao te encontrar. Bem, isso não quer dizer que você não terá problemas com Julianna, mas é melhor eu parar de falar por aqui.

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Uma das sacadas mais legais é que Julianna também tem um propósito diferente no multiplayer. Outro jogador poderá invadir o seu game para controlar a assassina, transformando uma simples luta PvE em uma desafiadora luta PvP. Para os que não querem desafios tão reais assim, felizmente é possível desativar a opção para que nenhum ‘intruso’ invada o seu jogo a fim de impedir a sua vitória.

Já no gameplay de Julianna, pouca coisa se difere na gameplay dela e de Colt, tirando a principal habilidade da Visionária que é trocar de aparência e se disfarçar de um NPC para surpreender o seu inimigo (sim, você também pode usar essa habilidade quando estiver no jogo de outra pessoa). O multiplayer, por sua vez, limitasse a isso, e desde já devo deixar claro que essa ‘aventura extra’ não é obrigatório, portanto, fica à seu critério se você quer assumir o papel de Julianna, ou permanecer somente como Colt.

Deixando um pouco de lado a narrativa, sistemática e gameplay, precisamos falar um pouco da área técnica. Os gráficos do jogo são simplesmente espetaculares. A direção artística soube como criar algo que lembra um pouco um estilo cartoon nas comunicações e textos espalhados pelo game, ao mesmo tempo que trás um realismo necessário em alguns outros aspectos como armas, movimentação, etc. Os efeitos sonoros e trilha em si são outro destaque que temos que apontar por aqui, testei a versão dublada em português e inglês e ambas estão ótimas. A trilha sonora nos ajuda a criar uma ambientação diferente e bem no estilo do que vemos em tela e poucos jogos atualmente costumam elevar neste nível.

Vale a pena?

Em Deathloop devemos levar logo em consideração o que o nome nos diz; “Morte” e “Loop” duas das coisas que você encontrará bastante durante o seu tempo de jogo, este que irá variar bastante de pessoa pra pessoa, levando em consideração a forma em que você escolher seguir e explorar a ilha. A história do jogo é envolvente, achei pouco profunda mas cada minuto te faz querer explorar mais, porém, o jogo sofre de um problema no qual filmes e séries que possuem esse tipo de sistema “loops infinitos”, o tédio. Claro que você não ficará no tédio durante todo o tempo, muito pelo contrário, o jogo é divertido o suficiente para te livrar do tédio por horas, mas se você acabar repetindo a mesma cena por várias vezes, ou pior, ter que repetir tudo ao morrer na véspera de enfrentar um sétimo Visionário, provavelmente isso de desanimará. Mesmo assim, Deathloop pode ser considerado um jogo excelente, incrivelmente divertido e diferente de tudo o que você jogou até hoje, então com certeza não posso deixar de indicá-lo.

Atualmente o jogo já está disponível para PC e PlayStation 5.

Diretor de conteúdo do Site AcessoGEEK e Redator no Terra (Geek), especializado em games, cinema, séries e tecnologia, admirador da astronomia e suas teorias místicas de viagens no tempo e espaço, aliens e planetas habitáveis. Sonho em conhecer a NASA.

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