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REVIEW | OUTRIDERS

Novo shooter da Square Enix e People Can Fly chegou e une o gameplay frenético destruidor com elementos de RPG.

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Quando Outriders foi anunciado, automaticamente me chamou muita atenção. Os elementos do jogo claramente em imagens de trailers e gameplay lembravam uma mistura de Gears of War e Destiny, dois jogos em que eu passei um bom tempo fissurado em jogar, seja pelo seu gameplay frenético ou pelo seu alto poder de re-play. Hoje, depois de jogar muitas e muitas horas de jogo, definitivamente posso dizer que Outriders é sim uma mistura desses dois grandes games, mas até onde isso pode ser um elogio?

Primeiramente, Outriders merece ser ovacionado pelo seu incrível visual e ambientação e possui momentos de grande beleza oferecendo incríveis vistas panorâmicas de lindos monólitos alienígenas cercado de áreas devastadas, paisagens turvas e cidades totalmente em ruínas. O cenário me chamou ainda mais atenção pois conclui o game jogando no PC em um monitos ultrawide que me proporcionou um campo de visão maior do que o tradicional 16:9.

Ainda falando sobre o visual, o jogo te permite customizar o personagem principal e mesmo tendo um número de opções um pouco limitadas, isso não vai fazer tanta diferença na hora do gameplay de ação, pois o que brilha mesmo são os itens de saque, que por sua vez, possui características muito semelhantes aos estilos de Destiny, a diferença aqui (e positiva, na minha opinião) é que por se tratar em um jogo com câmera em terceira pessoa, temos um visão mais ampla do estilo dos itens que você equipar. Outriders brilha em vários aspectos visuais, mas talvez as cutscenes não sejam uma delas, em vários momentos tivemos alguns bugs de falta de sincronização de lipsync e crashs em dois momentos, mas que após uma tentativa de reprodução, passou normalmente como se nada tivesse ocorrido. Então, por mais que o game apresente falhas, pelo menos para mim elas não prejudicaram a minha jogabilidade e mesmo assim, são falhas pequenas que acredito que sejam corrigidas nos próximos patchs. Entrando mais um pouco nesse ponto das falhas, tivemos algumas falhas de travamento e queda de fps em momentos muito acelerados, foram em média umas seis falhas no total, essas sim estragaram um pouco meu fluxo de experiência no jogo, mas como citei, falhas desse tipo são até comuns em jogos recém-lançados e esperamos que elas sejam corrigidas em breve.

A gameplay é muito divertida e nisso se mostra muito semelhante ao Gears of War, principalmente na parte estratégica que envolve deslocamento por trás de barreiras de proteção para atacar inimigos de forma coordenada, ou diferentes inimigos que também contam com estratégias de ataque diferentes, como os combatentes corpo a corpo, ou snipers que possui grande dano a distância. Esse tipo de “avanço” e ação, trás uma proposta bem diferente de outros shooters onde você só avança e ataca repetidas vezes, sem tomar cuidado com ataque de diferentes tipos.

Ter calma, pensar bem antes de se locomover e ter um reflexo muito afiado são as chaves do sucesso e essas dependências tornam o game muito mais desafiador do que eu esperava. Claro, em coop ele deve se tornar um pouco mais fácil, mas para mim que jogou todo no single player foi uma tarefa realmente desafiadora o que em momento nenhum me desanimou, muito pelo contrário, podia morrer diversas vezes para o mesmo chefe mas ao invés de pensar em desistir ou dar uma pausa para descansar e voltar após algumas horas, revigorado para o combate, pra mim não era uma opção. A cada morte eu precisava tentar de novo, até conseguir.

Falando um pouco sobre as classes e a principal diferença do Outriders para os outros que citamos é que logo no seu início, você poderá escolher entre: Trickster, Pyromancer, Devastator e o Tecnomancer. Cada um deles tem seu próprio estilo de jogo e mecânica de cura únicos. Suas armas e armaduras não afetam apenas a maneira como você atira – elas também podem mudar significativamente a maneira como suas habilidades funcionam.

Outriders fica bem melhor e divertido quando você adota uma filosofia específica: pensar de forma agressiva. Embora cada classe no jogo ofereça diferentes mecânicas de cura, geralmente todas estão relacionadas a infligir danos ou matar inimigos para restaurar sua própria saúde.

Como um exemplo rápido: Na nossa escolha de classe; “Trickster” o nosso personagem restaura sua saúde e escudos quando os inimigos morrem por perto. Isso significa que, quando as coisas ficam difíceis e você sente que está prestes a morrer, você vai querer se jogar no meio da batalha, onde a luta é mais pesada. Correr e se esconder pode funcionar, mas você está apenas esperando que os inimigos acabem com você logo. Sobrevivência aqui exige agressão.

Agora vamos falar um pouco sobre a história do game e principal ponto negativo para mim. No enredo os humanos chegaram a um planeta chamado Enoque depois que a Terra foi destruída. Assim que pousam, no entanto, eles encontram uma tempestade mortal chamada Anomaly, que frita todos os seus aparelhos eletrônicos e mata a maioria das pessoas que atinge. Exceto aqueles que se tornam Alterados, como você, e acabam com alguns poderes bastante desagradáveis. 

Esses poderes dependem da classe que você escolher entre as quatro classes que citei acima. Você usará esses poderes para relutantemente ajudar os humanos que conseguiram sobreviver em Enoque nos últimos 30 anos em que você dormiu criogenicamente. Olhando assim, superficialmente, a história do game parece ser bem interessante, e seria se alguns pontos tivessem sido trabalhados para trazer algo mais simples pra um jogo que parecia ser tão complexo, mas pra ser bem sincero, eu nem esperava uma história muito boa porque desde que foi anunciado a gameplay me chamou muito mais atenção e eu esperava no mínimo uma história envolvente e diferente e isso Outriders entrega, assim como entrega um gameplay intenso e frenético, coisa que também era algo que eu esperava e cumpriu as minhas expectativas.

Mas afinal, o que eu quero dizer com isso? Outriders realmente não é sobre a história. É sobre jogar você em um shooter barulhento que unido ao alto poder de saque e grande número de materiais de avanço rivaliza com Borderlands 3 – e dessa forma, certamente cumpre o que promete.

Vale a pena?

Outriders não é o melhor jogo que você já jogou e está longe de ser o pior. Embora o potencial desperdiçado possa ser frustrante em relação a história, como eu falei; o jogo é tão intenso, envolvente e frenético que o que você vai menos ligar vai ser a história, joguei por aproximadamente 40 horas que passaram ligeiramente rápido e sim, consegui me divertir de mais com a gameplay no geral e tenho certeza que grande parte do pessoal que curte jogos como os que eu comparei aqui nesta Review, também vão se divertir do início ao fim.

Outriders já está disponível para PlayStation 4|5, Xbox One e X|S, PC (via Steam e Epic Games Store).

Diretor de conteúdo do Site AcessoGEEK e Redator no Terra (Geek), especializado em games, cinema, séries e tecnologia, admirador da astronomia e suas teorias místicas de viagens no tempo e espaço, aliens e planetas habitáveis. Sonho em conhecer a NASA.

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