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REVIEW | RATCHET & CLANK: RIFT APART

Jogamos o primeiro game que de fato te proporciona uma experiência incrível de nova geração e te contamos o que achamos!

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Pode ser que muita gente não saiba, mas Ratchet and Clank é um jogo que acompanhou toda uma geração de pessoas desde a infância até a maioridade, digo isso literalmente pois o primeiro game da franquia foi lançado há 19 anos e desde então vem conquistando fãs que sentem a nostalgia bater em sua porta logo quando um novo título é anunciado. Felizmente, essa época que vivemos é marcada por mais um jogo da criatura metade lêmure e metade gato e seu inseparável companheiro robô, e não só marca um novo lançamento dos dois agentes, mas marca a chegada da nova geração do PlayStation com toda a sua potência. Isso porque Ratchet & Clank: Rift Apart é o primeiro game de PlayStation 5 que realmente podemos toda a potência de hardware que o console no proporciona.

Mas para falar nessa nova fase devemos citar só o começo dessa jornada. Lá em 2002, quando o primeiro game da franquia foi lançada, era perceptível que o estúdio californiano da Insomniac Games queria ir mais longe com a sua proposta. Isso porque o game era claramente criado para atingir um público que curtia jogos versáteis e que fosse representados por criaturas ‘fofinhas’ mas igualmente poderosas. Em um momento em que o poder da mídia dos jogos de plataforma estava se esgotando, eles decidiram adicionar mais ação do que o normal. Com as mais variadas armas e como se fosse um jogo de tiro em terceira pessoa, Ratchet & Clank desenvolveu um gênero, sem perder a essência daquele gênero que veio representar. Um avanço no nível de criatividade que foi reafirmado nas edições seguintes, que chegavam praticamente anualmente, como se fosse uma FIFA. Aquele robô desengonçado e aquela criatura que ninguém sabia distinguir direito o que era se tornaram lendas; e praticamente parte da nossa família.

Mas deixando de lado esse início de carreira das duas criaturas queridas por muitos, precisamos começar a falar da maravilha que é Ratchet & Clank: Rift Apart, assim como a parceria da Insomniac com a PlayStation. E baseado em tudo que a desenvolvedora vem fazendo, juntamente com a publisher, eu poderia considerar ela hoje uma das melhores desenvolvedoras ativas. Olha só o que eles fizeram com Spiderman! Há muito tempo uma desenvolvedora não acertava em um jogo adaptado de outras mídias como os quadrinhos e a Insomniac foi lá e nos surpreendeu. Não seria diferente agora, cuidando de seus filhos os quais viram crescer nesses 19 anos, né?

E tem algumas coisas que a Sony claramente teve um papel ativo em Rift Apart. As múltiplas dimensões parece muito ser uma ‘desculpa’ para a publisher mostrar o quão poderosos é o poder de processamento do PS5 assim como trazer para o público também um exemplo de possibilidades com o carregamento tão rápido que o SSD proporciona. Olha quantas coisas não poderão sair disso no futuro, né? É realmente impressionante ver ao vivo como os cenários mudam em apenas décimos de segundo enquanto nos movemos entre as dimensões, principalmente quando você tem isso pressionando um botão. Esse foi um dos primeiro choques que tomei ao ver como são incríveis essas novas tecnologias que só a nova geração proporciona para o usuário.

Desculpa se eu falar muito da parte técnica tanto do jogo, quanto do console, quem nos acompanha sabe que geralmente focamos bem mais a experiência do jogo em si e não muito a parte técnica, mas como esse é o primeiro jogo de nova geração que ‘espreme’ grande parte do poder do hardware (obviamente não todo, por se tratar de um estilo ‘cartunesco’), é impossível eu não citar as coisas que tanto mexeram comigo durante a gameplay.

O quão impressionante é todas essas mudanças repentinas no cenário e milhares de partículas pulando de um lado para o outro na nossa tela, é a explicação de como seria impossível esse jogo ter sido lançado na geração passada. Definitivamente um PS4 nunca seria capaz de te imergir na experiência como foi proposta e dessa forma. Sem falar que algumas batalhas refletem esse dinamismo, nos levando por dimensões em que o mundo muda completamente em milésimos de segundos. Ou usando o novo gadget que os protagonistas possuem, que permite nos mover de um ponto a outro do campo de batalha usando isso a nosso favor para matar os inimigos.

Tudo isso resulta em uma experiência literalmente nunca antes vista e que me anima muito para a nova geração em si, é realmente um salto evolutivo visto de perto e pode fazer com que muitos céticos fale: “Mas o PS4 faz tudo que o PS5, olha só esse The Last of Us: Part 2” De fato, o PS4 tem jogos incríveis e possui sim um poder gráfico impressionante, mas não se compara com o PS5 não só no gráfico mas em todo o conjunto da obra em si.

Seu lado técnico não é apenas a maior evolução que vimos nos últimos anos dos consoles. Os combates também podem ser facilmente comparados a um festival de explosões, tiros, partículas e elementos, onde eu arrisco dizer que é uma das parte visuais mais legais e fascinantes. Às vezes, nem sabemos como o ritmo ficou tão intenso em um espaço de tempo tão pequeno assim como a quantidade de informações que aparecem na tela. O resultado são batalhas impressionantes, ritmo acelerado em que o jogo também mede perfeitamente o que nos dá e tira de nós. Eles não nos deixam gastar mais do que um minuto fazendo a mesma coisa.

Não adianta aqui se você gosta muito de uma arma e se familiariza com ela. A munição deles começará a acabar e você terá que trocar para usar todo o enorme arsenal que os heróis possuem. Além de toda essa inovação visual, não podemos deixar de falar sobre os enormes benefícios do DualSense, que estará sempre presente de agora em diante nos lembrando o quanto o controle pode ajudar a sua imersão no mundo do game.

Mas afinal, Ratchet & Clank: Rift Apart tem algo de ruim? Claro que nem tudo é perfeito e isso vai ser muito relativo de pessoa para pessoa, na minha opinião, todas as inúmeros informações na tela pode acabar dificultando um pouco o gameplay de algumas pessoas menos acostumadas, no meu caso eu realmente encarei essa ‘poluição visual’ como algo positivo, pois me trouxe uma imersão diferente e me apresentou um sentimento de que o mundo estava realmente vivo. Mas pra mim o maior ‘problema’ do jogo é seu tempo de duração. Finalizei a história principal em aproximadamente 5 horas. Ok, é um tempo tranquilo para um jogo single player, mas ele tem pouquíssimas possibilidades de replay, além do mais o preço cheio de lançamento é muito pesado para um jogo no qual eu conseguirei finalizar em 5 horas, não acha?

Durante a aventura, visitaremos vários planetas e salas; todos eles relativamente amplos, mas com algumas exceções, o desenvolvimento é bastante linear. Isso também não é um problema; afinal, a ideia é ainda ser um jogo de plataforma.

Ainda assim, não se preocupe, há sim muitas coisas para fazer se você pensa em platinar o jogo por exemplo: como procurar por peças de ouro, peças de armadura em bolsos dimensionais ou robôs espiões para obter o TAUN 8, a arma definitiva. Talvez isso te adicione mais umas 15 horas? O que torna enfim um tempo aceitável em comparação com o preço de lançamento do game.

Então, minhas considerações finais é que Ratchet & Clank: Rift Apart é um incrível jogo de apresentação da nova geração e ele explora tudo que a Sony quer mostrar em relação ao poder de ser novo hardware, e faz isso bem com o novo game dos dois companheiros. Temos muita ação, uma história cativante, um gameplay envolvente, porém com uma campanha curta, mas em compensação teremos bastante coisa para fazer que talvez você triplique ou quadriplique esse tempo de campanha, então isso talvez nem seja um problema no final das contas. Minha pergunta final é: Você já jogou e gostou de algum jogo de Ratchet & Clank? Sim? Então você não se arrependerá, pois esse é com toda certeza, o melhor jogo da série.

Jornalista e professor de comunicação. Eu falo muito de bonecos. Since 1986.

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